sábado, 26 de dezembro de 2009

David Garrett - Violino

Estou me apaixonando pelo violino!!!

David Garrett é simplesmente fenomenal!!!

Arroubos - Adriana Falcão

Texto adorável de Adriana Falcão sobre a paixão. Vale a pena ler!!

"Paixões passam.
Há quem procure entender essa transitoriedade de várias maneiras. Inclusive através da fisiologia: “Paixões são resultados de reações químicas produzidas no cérebro.” Os que pensam assim costumam explicar o funcionamento dos neurotransmissores, e citar o efeito de uma série de substâncias, tais quais “dopamina”, “ocitocina” e “norepinefrina”, como prova da inexistência do Cupido. Existem estudos aprofundados acerca dessas teorias. Alguns chegam a estabelecer as condições ideais para o surgimento da paixão, ou até mesmo seu prazo de validade. Um desses, em especial, vindo de uma universidade americana, pretende comprovar que os seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante um período que pode ir de 18 a 30 meses – tempo hábil para um casal se conhecer e produzir o que a natureza espera deles, a perpetuação da espécie: uma criança.
Há também os que procuram negar o caráter passageiro das paixões. São os donos das almas mais românticas, ou mais teimosas. Para esses, o exemplo de um casal de velhinhos que ainda se ama depois de 50 anos de casados é uma prova inconteste de que as paixões podem ser eternas.
Mas há ainda quem conteste essa prova, argumentando que o casal de velhinhos, por mais feliz e amoroso que seja, não é exatamente “apaixonado”. “Ele ainda vomita de nervoso porque vai encontrá-la na cozinha?” “Ela é capaz de passar a manhã num salão de beleza, e a tarde lendo Proust, apenas para impressioná-lo no jantar?” (* Paixão – sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão – Aurélio Buarque de Holanda).
Enfim, há todo tipo de gente nesse mundo, e muitas correntes de pensamento, mas o fato é que, pelo visto, e absolutamente contra a minha vontade, parece que as paixões, do tipo “paixão enlouquecida”, passam mesmo.
E, então, cada qual tem seu destino.
Algumas se transformam em outro sentimento – amor, afeto, desprezo, ódio, obsessão, amizade – e, aí sim, podem durar anos, às vezes até uma vida inteira.
Outras vão habitar o mundo das paixões que simplesmente passaram e pronto.
São as que foram efêmeras, não tiveram consequência, não surtiram efeito, não alcançaram êxito, não viraram romances nem causaram estragos. Provocaram promessas, arrepios, frios na barriga, alegrias e agonias, enquanto cumpriram sua existência, mas estiveram apenas de passagem. E, se estiveram de passagem, pode-se deduzir que seguiram para algum lugar. Que lugar seria esse?
Imagine-se um castelo de contos de fadas. Não, ele não fica na Disney, mas numa outra dimensão, inatingível à percepção humana. Como acontece em viagens extrassensoriais e filmes de ficção científica. “O castelo das paixões que passaram.” Ali elas vivem. Pode ser que se orgulhem de sua competência, de sua carreira e de seu passado. Pode ser que se sintam complexadas ou impregnadas de amargura, como alguém que foi aposentado contra sua própria vontade. Pode ser que continuem ardendo e sofram com isso.
Eu gosto de imaginar que as paixões que passaram se transformaram em véus. E que uma ventania que ainda está por vir um dia espalhará esses milhões de véus pelo mundo. E que vai ser muito divertido viver no meio de um mundo de gente ensandecida, atordoada de paixão, por tudo quanto é lado."

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Dos triunfos...

Fernanda no país das Maravilhas

Vivo no mundo de Alice.
Incansavelmente corro atrás de um coelho branco que de mim corre, que de mim foge.

Sem saber até quando e por que essa busca, essa procura... persisto.

Um triunfo distante de minha alma sem propósito...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Livreiro

Descobri uma maravilha. Dizem por aí que a Internet será o fim definitivo dos livros. Ledo engano.

Lendo a Revista da Cultura do mês de outubro, que peguei durante mais uma peregrinação por uma das mais fascinantes livrarias do país, encontrei uma matéria entitulada "A leitura do próximo" de Rachel Costa. Ali, foi apresentada uma nova rede social feita para amantes da leitura. Ainda em fase experimental, 'O Livreiro' é um site onde podemos encontrar pessoas com os mesmos gostos literários, montar nossa estante virtual de livros, emprestar, trocar e comprar obras. Um mundo divertido e educativo que também servirá como uma grande ferramenta de incentivo à leitura.

Nem acabei de ler a matéria e me cadastrei no site. Estou agora montando minha estante de livros, puxando pela memória as centenas de livros e autores que descobri ao longo de minha vida. Está valendo a pena!!!

A partir de agora meu tempo em redes sociais vai aumentar. Além de orkut, MSN, Twitter, Facebook, My Space e o blog, também me dedicarei ao livreiro!!! Te encontro lá. Até mais!!!

www.olivreiro.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Palavras soltas no ar, presas em meu pensamento!!!

Estou construindo um poema. Como é difícil achar as palavras. Acredito que na verdade as palavras é quem devem nos encontrar.
Grandes poetas da humanidade, demoravam muitas vezes anos para terminar uma poesia. Às vezes nem chegavam a termina-la, pois a morte chegava antes da palavra...
As vezes elas nos fogem quando precisamos primordialmente dizer alguma coisa a alguem. E nessas horas,bem nessas horas elas desaparecem. De vez enquando as palavras se escondem!
As palavras tem poder, e são conscientes desse poder, por isso fazem de nós o que bem entendem.
Como jornalista dependo muito da palavra. As palavras são caprichosas e não se misturam com qualquer outra palavra. Se não estão em harmonia, as palavras brigam entre si e quem sofre são nossos ouvidos. As palavras não dizem. As palavras soam. Soam e cassoam de nós.
Continuo olhando para meu projeto de poesia, meu projeto inacabado.
Uma hora vou ter que deixa-lo, esteja como estiver. Herbert Vianna ja nos disse: É como na música. As músicas não são terminadas, as músicas são abandonadas, pois prontas jamais ficarão!!!

sábado, 22 de agosto de 2009

Estou voltando...

O ser humano é naturalmente ativo. Meus últimos meses, considero, foram excessivamente ativos, me obrigando, entre outras coisas, abandonar o blog.

Neste tempo, de abril até agora, muita coisa aconteceu, na minha vida, no Brasil e no mundo!

Muitas histórias pro jornalismo desbravar!!

Estou voltando aos poucos... Agora além do orkut, msn e este blog, faço parte do twitter. Mais um ótimo meio para treinar a escrita jornalística! O melhor de tudo é que no twitter posso aprimorar o dom da edição. Os caractéres são pouquíssimos. Mas isso é ótimo!

Toda vez que sentir uma vontade incontrolável de escrever bastante... corro pra cá, em meu velho e querido blog. Estou definitivamente me transformando em uma pessoa cibernética!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Pará, terra de ninguém

O Brasil ainda sofre com os abusos do coronelismo no norte e nordeste do país, que apavoram a população e findam a vida de quem luta por justiça. O caso mais comentado dos últimos anos e que chocou o país, devido à brutalidade e desumanidade, foi o assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang, que voltou às páginas dos jornais esta semana, com a anulação do júri que inocentou o acusado de ser o mandante da execução da freira.

Como se estivéssemos vivendo no sistema pré-colonial de Capitanias Hereditárias, somos obrigados a nos submeter aos mandos e desmandos das famílias poderosas de políticos e fazendeiros que fazem parte da minoria da população que detém a maior parte das riquezas deste país.

Dando continuidade à triste saga de pessoas que lutam para por fim às gananciosas ações destes capitães donatários, que já fizeram vítimas como Chico Mendes e Irmã Dorothy, os missionários que protestam contra as ações de fazendeiros que incluem grilagem de terras, destruição de áreas ambientais, ameaças a moradores, atentados e homicídios, são pressionados a ficarem calados ou receberem como retribuição aos protestos, a morte.

A situação de estados como o Pará, onde a questão da violência é extremamente delicada, é agravada pelo descaso ou jogo de interesses do governo brasileiro. Se em estados como o Rio e São Paulo a violência assusta devido à bandidagem que mantém o grande mercado do tráfico de drogas, o Pará sofre com o prevalecimento do descaso e do medo causado pelo grande mercado do jogo de interesses e troca de favores entre as famílias de políticos e as famílias de latifundiários.

O caso da missionária Dorothy Stang, que causa tanta revolta cada vez que o assunto vem à tona, traz consigo o inconformismo de uma população cansada de tanta impunidade, quando quem senta no banco dos réus é alguém de influência, apto a comprar quem quer que seja. A impressão que nos é passada é que o adágio “todo mundo tem um preço” é mais que válida na falsa “Justiça” brasileira.

Esta semana, foi anulado o júri que absolveu o algoz de Irmã Dorothy, o fazendeiro paraense Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida. Depois de ser preso e absolto, o acusado do assassinato da missionária voltou à cidade do crime em Anapu (Oeste do Pará), onde segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e o Ministério Público Federal, negociou, durante os onze meses em que esteve em liberdade, a compra de lotes de terra de ex-assentados da região, pressionando os moradores e lhes fazendo ameaças. Como não se apresentou à polícia, Bida é tido como foragido.

Os parentes e amigos de Dorothy Stang comemoraram a decisão da justiça brasileira em reabrir o caso da missionária morta a queima roupa com seis tiros em 2005. A Justiça no Brasil, assim como a política, é uma piada, que zomba da dignidade do pobre, do cidadão, do povo. Com o caso de irmã Dorothy reaberto, vamos esperar se dessa vez o Pará e o Brasil irão realmente ver a esperança vencer o medo.