domingo, 19 de fevereiro de 2012

Educação ambiental é a saída para salvar a cidade e o planeta, afirma especialista


“As reservas ambientais são de extrema importância para a cidade, mas as pessoas não percebem que elas são os pulmões das grandes metrópoles de concreto”, diz o gestor ambiental José Luiz Tomita, responsável pela Korin Meio Ambiente (KMA), empresa paulista de gestão ambiental que trata resíduos sólidos orgânicos e efluentes.

Áreas de reserva florestal são além de espaços arborizados, locais fundamentais para a manutenção do clima e da saúde da população. E claro também ótimos locais para lazer. De acordo com o gestor ambiental, a cidade de São Paulo é um mau exemplo de preservação às matas nativas se comparada a outras capitais brasileiras. “Em Belém, por exemplo, há 15 ha de mata nativa dentro da região urbana, o que contribui muito para a qualidade de vida daquela população”.

Segundo Tomita, todo trabalho que envolve o meio ambiente, tem como base a educação ambiental, que deve começar nas escolas. “Se todas as disciplinas tivessem foco ambiental, a consciência das futuras gerações para a reconstrução do planeta seria muito maior”, diz. “É por isso que há certo descaso com as áreas de preservação na cidade de São Paulo, porque não há a preocupação em educar”, completa.

Para Tomita, a verdadeira preocupação com o meio ambiente pertence a poucos. A maioria age por interesses, tanto população como governo. “As ações da Secretaria do Meio Ambiente são realizadas por obrigação, pois se nada for feito, a pasta não consegue captar recursos”, relata. Para o especialista, as leis ambientais brasileiras são excelentes, o problema ainda é a fiscalização falha.

Já as organizações que procuram consultoria de empresas de gestão ambiental, como a KMA, segundo Tomita, em sua grande maioria, são clientes com graves problemas ecológicos ou que estão sob a mira dos órgãos ambientais. “A visão de empresas com verdadeira preocupação com a natureza é muito romântica. Somos procurados para consertar os estragos, não para preservar”, lamenta.